quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Premonição

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Premonição (Salvador Dalí)


O quadro Premonição da Guerra civil, de Salvador Dalí, é utilizado como meio para mostrar os dois pólos da Guerra , de satisfação total e de mutilação, destruição absoluta.
Dalí era publicamente contra a guerra, achava-a desnecessária e terrível, e utilizou esta pintura como meio para demonstrar isso. A guerra era, segundo ele, o resultado de diferenças entre homens com ambições assustadoramente bestiais, desmedidas. “A premonição da guerra civil”, de Dalí, baseia-se em dolorosos pensamentos de saudade, de morte, de consciência que a vida.
O pequeno homem á esquerda, parado sobre a pesada mão. Este simboliza Anneke e Nikki van Lugo, amigos de infância de Dalí, que tiveram um importante papel na formação da personalidade do pequeno Salvador.
Os feijões cozidos podem significar as antigas oferendas catalãs aos deuses. Podem também significar a fome, a ausência de alimento durante a guerra civil espanhola. Provocando assim um significado ainda mais profundo acerca da morte e da vida.

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Defini-se monocultura como uma cultura agrícola de apenas um tipo de produto, sendo esta, uma prática muito danosa ao meio ambiente, se cultivada em grande escala, pois foge dos princípios básicos da ecologia. A natureza ensina-nos demasiadamente sobre como viver em harmonia, e para esta convivialidade em sociedade, dever-se-ia molda-las segundo os ecossistemas naturais. Não obstante, com a prática da monocultura em larga escala estamos rompendo o elo com a teia da vida, que visa o todo e não somente extrair o lucro da natureza.

Com o avanço da globalização e a ascensão do livre comércio, gradativamente as empresas multinacionais avançam as fronteiras com suas franquias igualitárias em todos os aspectos, mesmas arquiteturas de arranha-céus, lojas de departamento, shopping center, emancipando-se através de todo o globo, há quem diga que num futuro próximo alcançará outros planetas. Entretanto, essa integração econômica resulta também no domínio cultural das sociedades, tendo vista que vivemos em sociedades heterogêneas existindo assim uma real divergência de valores a serem pensadas e estudadas, mas com a chegada dessas “redes de alienação” as cidades se tornam vitimas do monopólio transnacional.

Para criarmos um futuro, sendo o reflexo do que criamos em nossas mentes e aprendemos ao longo do tempo com nossos antepassados, somos dependentes de nossos legados culturais e assim construímos arquétipos, contraditoriamente, as denominadas “redes de alienação” manipulam toda a civilização, fazendo com que nós seres humanos sejamos seres pré-moldados, máquinas de consumir e produzir.

Cumpre enfatizar que a mente humana pensa com idéias e não com informações, sendo assim, pode-se haver uma fuga deste alienamento, provinda de nossas escolhas pessoais, mudanças de paradigmas, revertendo esta desordem e voltando a essência de ser pensante. Somos seres dotados da auto-percepção, discernimento do certo e errado, é de nossa natureza viver em mútua cooperação entre todos os seres, sendo que a razão em sua forma mais abstrata, não transcede nossa natureza animal e sim faz uso dela, assim a razão não é uma essência que nos separa dos outros seres vivos, e sim coloca-nos no mesmo nível deles.

Faz-se necessário uma visão holística nos dias atuais, devido a conjuntura descrita acima, tendo em mente toda nossa integridade com Gaia e com nossos co-habitantes, dando um fim nesta dicotomia onipresente, redefinindo nossos hábitos de lazer, consumo e convívio com a natureza.

Cabe a nós a escolha de retomarmos as formas de expressões culturais em busca de um bem-estar interior e exterior, direcionando nossas ações para longe da alienação.

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